Que corrida ! A batalha esperada realizou-se, mas o resultado definitivo construiu-se na última volta, desordenando tudo em algumas centenas de metros. Líder à entrada deste último dia fatídico, Brandon Maïsano tinha tudo para conquistar a Taça do Mundo, mas foi o Português David Da Luz (Zanardi/Parilla) quem soube aproveitar as circunstâncias, para se impor magnificamente na frente de Stoffel Vandoorne (CRG/Maxter) e Mitchell Gilbert (Kosmic/Vortex).
Brandon Maïsano (LH/Maxter) voa desde a extinção dos semáforos, mas Matteo Vigano (Birel/Parilla) retoma o comando a partir da 3ª curva, o cotovelo esquerdo que antecede a longa subida de Alcaniz. Felice Tiene (Kosmic/Vortex) tem dificuldade em encontrar o seu lugar no interior da pista e encontra-se em 3º, atrás de um Jacob Nortoft (FA Kart/Vortex) bastante rápido em acção. Maïsano aparece no 4º rang, mas depressa chega ao 3º lugar atrás de Tiene. O trio Vigano/Tiene/Maïsano começa a destacar-se do pelotão.
Durante muito tempo em 5º, Smarrazzo acaba por relaxar e desce na classificação. Mitchell Gilbert (Kosmic/Vortex), 9º na partida, continua a esforçar-se e depressa entra no top 5, mas é sobretudo a subida do Belga Stoffel Vandoorne (CRG/Maxter) que partiu em 15º e que acumula as ultrapassagens, que chama mais atenção. A corrida é animada, mesmo viril, mas correcta. À 5ª passagem, o trio da frente cerra-se com, na ordem, Tiene, Vigano e Maïsano. Da Luz parece ter encontrado um ritmo e aproxima-se dos líderes.
No decorrer da 7ª volta, é Maïsano quem mostra mais velocidade e que aproveita para ultrapassar Vigano. Ele alcança mesmo a 1ª posição na volta seguinte, com Vigano na sua perseguição. Tiene é 3º. Contudo, o vento que sopra regularmente sobre o circuito impede o primeiro de se distanciar dos seus perseguidores, que aproveitam a sua trajectória. Por conseguinte, o trio permanece muito junto por força dos acontecimentos e para grande prazer do público instalado na esplanada ou no terreno que rodeia o circuito.
À 10ª volta, um bonito braço de ferro opõe Vigano e Tiene, com vantagem para este último. De seguida, Da Luz junta-se aos 3 homens num quarteto infernal. Tiene recupera o comando, depois tudo se precipita. Estamos a 2 voltas da chegada. Maïsano e Vigano ultrapassam novamente Tiene, Vigano passa para a frente e desce imediatamente devido a um sobreaquecimento do motor. Na última volta, Maïsano começa a acreditar numa possível vitória quando Tiene o ataca severamente, na parte superior da subida: é o choque ! Da Luz não pedia tanto para agarrar o comando. Tiene tenta, em vão, alcança-lo antes da meta, mas Maïsano perdeu todas as possibilidades.
Na linha, Da Luz é certamente 1º, Tiene segundo: sob uma penalização de 3 segundos, por ter mordido a linha branca na partida. Ele desce ao 5º lugar. Stoffel Vandoorne que recolhe os frutos da sua magnífica subida, instala-se no 2º degrau. Mitchell Gilbert conquista o 3º lugar deste pódio completamente imprevisível. Maïsano termina extremamente desiludido num insignificante 6º lugar, longe das suas esperanças…
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